domingo, 3 de novembro de 2013

Cão Branco x Cão Pardo

“Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.”. (Rm.7:19)

O escravo é um indivíduo que vive em função de fazer o possível para agradar ao seu senhor e na maioria das vezes ele faz por obediência não por vontade própria.

Certamente é um estilo de vida incoerente com sua própria consciência de liberdade. Ele anseia poder fazer aquilo que tem vontade e dizer não deliberadamente aquilo que ele não quer fazer, ou seja, usar sua própria vontade para executar suas funções em prol de si mesmo e não do alheio. Nisso se baseia seu desejo de liberdade.
Partindo desse ponto de vista, eu consigo entender melhor o que o Ap. Paulo, instrumentalizado pelo Espírito Santo, quis nos dizer ao escrever o texto acima. O homem ao pecar, se tornou através de sua carne escravo do pecado. Seu espirito morreu pela transgressão no Éden sujeitando-se aos impulsos descontrolados de sua carne que tem como seu senhor o pecado. Assim sendo, o pecado despertou na carne toda sorte concupiscência e a sua obrigação é satisfazer a quem a sujeitou. Por isso Paulo brada: Oh miserável homem que sou, quem me livrará desse corpo da morte? Porque o bem que ele gostaria de fazer no seu espírito não consegue efetuá-lo, todavia o mal que ele em sua consciência abomina acaba fazendo. Que situação extremamente desagradável enfrentamos em nosso viver diário.

O que na verdade acontece, é que quando recebemos a Cristo em nosso coração e ao nascermos de novo nós recebemos vida novamente em nosso espírito. Desta forma, eu recebo através de Jesus o poder de ser chamado filho do Deus Altíssimo (Jo.1:12). Automaticamente inícia-se uma guerra, trava-se batalhas, uma luta constante entre a carne escrava do pecado e o espírito que serve a Deus com alegria, afim de obter a alma, o centro das nossas emoções. É exatamente aí que ou somos escravos do pecado ou servos de Deus através de um espírito ressurreto. Você deve estar pensando: “Até aí não há muita novidade”, mas deixa o Espírito revelar algo ao seu coração. Você ja deve ter identificado essa luta em você clamando para essa batalha cesse, mas sinto lhe dizer: ela continuará até o dia de Cristo Jesus ou até a sua morte.

Havia um homem que tinha dois cachorros um pardo e outro branco, ele morava em uma fazenda próxima a um vilarejo. E todos os dias ele ia a esse vilarejo fazer apostas. Ele colocava os dois cães para brigar e sempre vencia o que ele lançava sua aposta. Um dia intrigado com tudo isso um garoto lhe perguntou: “Como você sabe qual dois irá ganhar se é o branco ou pardo?” O homem com um sorriso safado o respondeu: “É simples garoto! Quando vou para casa faço o seguinte, alimento bem o cão branco e deixo o pardo com fome, no outro dia o que ficou sem comer está mais fraco e por isso sei que branco o vencerá e vice-versa.”. Sagaz estratégia, mas é justamente isso que ocorre na batalha dentro de nós. Suponhamos que o cão pardo seja nossa carne e o branco nosso espírito, quem nós alimentarmos mais esse será o vencedor e levará a alma como prêmio. Se for o pecado ela ficará cativa nas obras do carne, todavia se for o espírito ela frutificará para glória de Deus.

Fazemos em média 3 a 4 refeições básicas no dia para alimentarmos nosso corpo. Agora te indago: Quantas vezes no dia você alimenta seu espírito? Assim sendo, só depende de quem estaremos alimentando melhor para que nossa vitória seja diária. Que essa palavra sirva de alimento ao seu cão branco e que você possa ser incentivado através dela alimentá-lo rigorosamente e certamente obterás grandes vitórias.
Lindomar J.S. -Teólogo-

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